sexta-feira, 31 de julho de 2009

Voltando de ônibus pra casa hoje, a chuva desceu do céu, aquelas chuvas que chegam devagar e logo deixam todo o asfalto molhado. percebo, de dentro do ônibus, pessoas correndo, agitadas, procurando abrigo, em meio aos pequenos espaços que encontram pela rua para protegerem-se.
Em toda aquela cena, me vi como aquelas pessoas. Percebi como ando correndo, tentando encontrar lugar para me esconder da vida. Perdi o gosto de me jogar de abismos. Ando morno, nunca frio, nem quente. Ando morto.
Dentro do ônibus, protegido da chuva, e sendo levado, somente, sem precisar me mover, enxerguei outro alex, no mesmo. ilusão minha, acreditar que éramos diferentes. Numa situação eu corro, mas deixo de desfrutar a sensação da chuva. Noutra, estou protegido e cômodo, e deixo me levar, sem precisar nem pensar qual será o destino. Em todas, estou morto.
Tenho que reencontrar o que me fazia vivo sempre. Porque nunca fui de morte. o alex de antes não era assim, e hoje já não sei mais quem sou. mesmo!