domingo, 9 de agosto de 2009

com o tempo venho aprendendo a ser mais egoista, e isso não enxergo como algo ruim. hoje me vejo como importante, como se no fim eu estivesse dividido em dois, e sempre me preocupo - e hoje em dia cada vez mais - com o meu eu constante, aquele que está comigo sempre, aquele que está em formação, aquele que forma o alex. com isso consigo enxergar tão nítido o significado da palavra equilíbrio.
hoje, dormindo fora de casa, percebi o quanto sou tão chato. o quanto tenho tantos resquícios da minha educação, da minha formação tão caseira, na qual minha mãe sempre queria que eu ficasse em casa e acreditava que dessa forma estaria protegendo-me do mundo. engano dela! isso me deu sede e fome, e o resultado é esse: eu morando fora de casa aos 21 anos. e isso tudo não foi mero acaso, mas consequência das minhas atitudes e desejos. esta criação que eu tive me deixa com a sensação de culpa, de 'estou-fazendo-coisas-erradas-e-não-estou-produzindo', como se não fosse nunca merecível momentos e dias inteiros de lazer e diversão. sou escravo do pensamento e dos julgamentos. mas não julgamentos alheios e relacionados com os outros, mas um julgamento direcionado diretamente ao meu ser, e daí vejo o meu outro eu, em forma concreta e agressiva.
ufa, que alívio! ultimamente estava tão seco de mim, tão sem palavras. pensei que nunca mais poderia ver palavras brotando os meus pensamentos, e organizando eles de forma tão una, que sou capaz de enxergar-me num espelho, ao ler o que escrevo momentos depois da escrita.

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