segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Janelas

As janelas, parte da arquitetura de casas e prédios, são uma abertura para o mundo, tanto para o exterior, como para o interior. As janelas que fotografei no campo grande, 2 de julho, Carlos Gomes, Pelourinho e Santo Antônio Além do Carmo, num dia de domingo, tiveram inúmeros significados. Por vezes pude encontrar uma senhora debruçada na janela a desfrutar da calmaria de sua rua, uma mulher na janela do prédio curiosa com a movimentação e a música que vinha da praça, onde uma banda de senhores idosos tocavam músicas de Novos Baianos e Dorival Caymmi. Pude perceber janelas de inúmeras cores, janelas refletidas em poças d’água ou refletidas nas janelas dos carros estacionados, janelas com roupas penduradas para secar na grade, janelas com roupas íntimas femininas.
Em todas, sempre existe o fator humano presente. E é esse fator que faz de uma simples abertura quadrada ou retangular em uma parede, ter essa multiplicidade de significados.
Janela é oportunidade. Janela é olhar pra fora e pra dentro. Janela é acordar. Janela é enxergar o que acontece ao seu redor. Janela é percebe-se – também - vivo, em meios a tanta vida lá fora. Janela de tanta forma, cor e utilidade. Janela é o ser humano. A janela forma conceitos prévios de vidas que não podem passar mais do que apenas aqueles momentos, em que se fazem presentes por aquele espaço. Janelas é o olhar. Janela fotografa instantes, que sem poder revelar-se em papéis fotográficos, ficam somente na memória, tanto daqueles que observa, como daquele que é observado.