Julho de 2010, Jequié, Bahia. |
Ali, depois de fazer toda uma “viagem” de táxi numa terça-feira de agosto, dia em que ele se sentiu penetrado pela certeza de mais uma construção. Aquela certeza tão almejada por qualquer jovem-adulto: o fato de poder – AGORA - ter uma casa para chamar de sua.
A casa que poderia ser chamada de sua, e que, além disso, ele pudesse se reconhecer não só em metade de um quarto, mais em um quarto inteiro, uma cozinha, uma sala, banheiro e lavanderia.
As paredes que separam e demarcam espaços seriam agora espelhos.
As coisas agora eram feitas dele. Essencialmente.
Agora ele se sentiu verdadeiro para compreender a dimensão dessa conquista. O grau da mudança de postura e responsabilidade que isso acarreta.
Hoje, ele se sente realmente preparado para escolher ser responsável por isso, não somente levado a ter responsabilidades que lhe agridem e tragam sofrimento.
Não que ele não curta o sofrimento (acreditem: ele aprendeu a gostar do sofrimento). Só que agora o mundo conspira e tudo é realmente uno.
Ele percebeu que além de sonhador, ele agora é fruto de uma colheita que gerou sonhos vermelhos, deliciosamente saborosos para saciar sua fome do significado da palavra caseiro.
Ele percebeu que além de sonhador, ele agora é fruto de uma colheita que gerou sonhos vermelhos, deliciosamente saborosos para saciar sua fome do significado da palavra caseiro.
Aleeex!!
ResponderExcluirNossa, quanto tempo não comento aqui... rsrsrs
Esse texto me lembrou um trecho de "Verdade Tropical", livro de Cateano, e que ele lê durante o show Prenda Minha: "Lembro com muito gosto o modo como ela se referia a ele. Pelo menos ela o fez uma vez e isso ficou marcado muito fundo, dizendo: Caetano, venha ver o preto que você gosta. Isso de dizer o preto, sorrindo ternamente como ela o fazia, o fez, tinha, teve, tem, um sabor esquisito, que intensificava o encanto da arte e da personalidade do moço no vídeo.
Era como isso se somasse àquilo que eu via e ouvia, uma outra graça, ou como se a confirmação da realidade daquela pessoa, dando-se assim na forma de uma bênção, adensasse sua beleza.
Eu sentia a alegria por Gil existir, por ele ser preto, por ele ser ele, e por minha mãe saudar tudo isso de forma tão direta e tão transcendente. Era evidentemente um grande acontecimento a aparição dessa pessoa, e minha mãe festejava comigo a descoberta."
Seus posts sempre me trazem boas lembranças, e sempre dão vontade de escrever tbm! hehhee
Saudadeeees!
Beeeeeijo