quinta-feira, 10 de março de 2011


Depois que os dias se foram
e ficou somente as lembranças
que se tornaram sonhos soltos pela rua,
 justamente nesse momento,
que a dor de existir é tão nitidamente pesada,
como quando o açúcar se demonstra tão doce ao ponto de ser fel ou quando o café cai no fogão que acabou de ser limpo.

Foi num desses momentos que eu morri preso.

Morri preso por entre os emaranhados de sonhos já concretizados que estavam a me olhar,
inertes e observadores,
demonstrando o quanto compartilhamos de uma relação de interdependência.

Foi nesse dia que eu desejei ser um ser humano normal, e não um sonhador.

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