quarta-feira, 29 de abril de 2009

A praça, ocupada pelo enxame de pessoas, dividia espaços com os pombos, que estrategicamente vinham comer os milhos que os idosos traziam em pequenos pacotes acomodados em sacolas de propaganda. Naquele dia, algo perturbador, mudou a vida de um dos integrantes daquele espaço. A sensação do fim da vida foi reveladora, sendo anunciada como uma falta de energia elétrica em meio urbano, surpreendente e fugaz.
E no estralar de dedos, a respiração se foi repentinamente. Os pombos famintos, em contraste com a situação, devoravam os grãos doados. As pessoas, ligeiras e pouco sensíveis, continuavam na sua correria rotineira. E a praça seguia inerte, demonstrando a insuficiência perante a realista lei da vida.

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